sábado, 12 de fevereiro de 2011

Um último sopro de Vida


É triste ver a vida se esvaindo...


Estava na sala quando minha mãe me chama. Fui até o quintal e lá vejo uma cena raríssima:

2 ratos, costumeiramente chamados de "catitas", dentro da lavanderia cheia de água. Um já estava morto, enquanto o outro lutava freneticamente pela vida.


É instintivo. E triste também.


A lavanderia é feita de um material liso. Ou seja, não havia como ele subir, pois sempre escorregaria, ainda mais molhado. Era apenas uma questão de tempo...


Não queria ver, mas observei até o final ele nadando, indo até o fundo, voltando ávido pela superfície, nesse vai-e-vem, nessa luta finita pela salvação. Também tive muita vontade de tirá-lo de lá, mas ele é trasmissor de doenças, minha mãe detestaria, ele voltaria, além de roer o que vir pela frente.


Então ele merece? Um rato merecia??


Bom, achei interessante o suficiente pra postar, pra ficar lembrado como é difícil não fazer algo, mesmo que seja um animal, quanto mais um ser humano, nas circunstâncias que me serão dadas no meu futuro profissional.


Após os últimos espasmos, a derradeira bolha de ar estourou na superfície.